A demora na construção do novo cemitério de Pará de Minas gerou novas discussões na Câmara Municipal, só que dessa vez os vereadores centraram fogo na urgência da obra que vem sendo prometida na cidade há mais de 20 anos.
Todos os prefeitos chegaram a incluir a obra em seus planos de governo mas sempre adiaram o investimento, alegando que o Cemitério Santo Antônio – o único da cidade – ainda suportaria mais algum tempo.
Acontece que os espaços físicos chegaram ao limite e recentemente o prefeito Elias Diniz anunciou que as obras do novo cemitério teriam início rapidamente.
Aí veio a pandemia da covid-19 e como medida preventiva a prefeitura optou pela abertura de mais covas no Santo Antônio. Os novos túmulos estão conseguindo atender a demanda, mas têm comprometido muito a circulação de visitantes no cemitério.
É exatamente o resultado das obras que polemizou os debates no plenário da Câmara nesta semana. O vereador Ênio Talma Rezende lamentou a sucessão de promessas:
O vereador Toninho Gladstone também entrou nas discussões, mostrando levantamento que ele fez sobre a lotação do cemitério de Pará de Minas, cuja média mensal de sepultamentos varia de 50 a 60.
O vereador Rodrigo Varela, por sua vez, fez duas pontuações. Uma referente à limpeza do cemitério e outra a respeito da falta de condições para circulação no mesmo:
E o vereador Carlinhos do Queijo voltou a apontar a artilharia pra cima do prefeito Elias Diniz, dizendo que ele tem prometido demais. No caso do cemitério então ele considera um desrespeito com a população:
A resposta da Prefeitura vem na informação do secretário de Planejamento, Dimitri Gonçalves. Ele anuncia para breve a publicação do edital que vai contratar a empresa responsável pelo novo cemitério de Pará de Minas, que será mesmo construído em terreno próximo ao atual. Sobre a abertura de mais covas no Santo Antônio, Dimitri informa que das duzentas contratadas, somente noventa serão abertas nessa primeira fase.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM