Além das orientações de distanciamento social, uso de máscaras e higienização das mãos e dos objetos, várias prefeituras têm aderido à montagem de barreiras sanitárias nos trevos de acesso às cidades, como forma de evitar a importação dos casos da covid-19.
Autoridades de saúde e também prefeitos têm entendido que a medida ajuda na identificação das pessoas já contaminadas, possibilitando o encaminhamento delas para o atendimento mais adequado e até mesmo para o isolamento.
A ideia também tem sido defendida por cidadãos paraminenses que demonstram preocupação com o avanço do vírus. O medo se intensifica diante do aumento do número de pessoas de fora, que circulam pela cidade sem observar as medidas de segurança.
O ambulante Jesus Alves de Araújo tem observado a situação e teme pelo pior. Em conversa com o JM ele apontou o caso das ciganas, que chegaram a Pará de Minas sem máscaras, pegando na mão das pessoas, sem qualquer proteção.
Assustado com o comportamento, Jesus aponta a barreira sanitária como uma medida que evitaria esse tipo de situação.
O assunto já apareceu entre os temas debatidos pelos vereadores de Pará de Minas, que também reconhecem a necessidade das barreiras sanitárias, visto o aumento dos casos suspeitos e confirmados nos últimos dias.
O vereador Ênio Talma Ferreira de Rezende, que também é médico, vê positivamente a ideia, embora entenda a dificuldade desse trabalho por aqui já que existem muitos pontos de acesso:
Quem também defende a necessidade da medida é o vereador Nilton Reis Lopes, o Niltinho do São Cristóvão. Segundo ele, Pará de Minas deveria seguir o exemplo da vizinha cidade de São José da Varginha, onde a barreira sanitária já está funcionando.
Niltinho inclusive propôs um requerimento a ser encaminhado ao Comitê Municipal de Enfrentamento da Covid-19, que receberá a assinatura de todos os vereadores. A própria Secretaria Municipal de Saúde já começa a entender a importância das barreiras. O secretário Wagner Magesty chegou a comentar o assunto recentemente, considerando que elas sejam necessárias caso a situação do município piore.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM