Uma das categorias que mais está sentindo os efeitos da pandemia de Covid-19 é a que está envolvida em eventos de entretenimento, como os shows musicais. Sem possibilidade de aglomerações desde março, os shows foram cancelados e os artistas seguem sem perspectivas de quando voltarão aos palcos para sentir a energia do público.
Muitos estão aproveitando a tecnologia e realizando as lives pela internet, interagindo com os fãs e faturando com patrocínios e outras fontes de receita. Mas o universo de artista que conseguiu lucrar com esse novo normal é muito pequeno se comparado ao número de músicos espalhados pelo Brasil.
E é justamente essa maioria que está passando dificuldades. Muitos, inclusive, tiveram que abrir mão da carreira musical pela falta de renda. Eles têm avaliado a situação, lamentando as dificuldades e estudando alternativas viáveis, mas os reflexos estão por todo lado.
Segundo o cantor Fábio Alves, na área há quatro anos, o momento é muito delicado e cheio de incertezas.
Recentemente, alguns músicos se reuniram com o prefeito Elias Diniz na tentativa de sensibilizá-lo sobre a situação e reivindicar alternativas para que eles possam trabalhar dentro das recomendações sanitárias de prevenção à Covid-19.
Segundo Fábio Alves, a reunião foi produtiva e depois a classe enviou um projeto para a Secretaria Municipal de Cultura, pedindo apoio para a realização de uma grande live dos músicos paraminenses, mas a proposta foi barrada.
Ao JM, Fábio Alves lamentou a decisão e ainda fez outro desabafo. Dessa vez, relacionado a possibilidade de apresentação nos bares, sem prejuízo nas questões de segurança sanitária:
Apesar do posicionamento do cantor, o decreto municipal que trata do enfrentamento ao novo coronavírus é taxativo nesse ponto, proibindo a “realização de shows, ainda que por equipamento mecânico de qualquer natureza, apresentação musical ou qualquer tipo de evento comemorativo que incentive a aglomeração de pessoas”.
Foto: Arquivo Pessoal