Os trabalhadores dos Correios de Pará de Minas, que aderiram à greve nacional da categoria, voltaram à porta da agência da Praça Afonso Pena para protestar.
Segurando faixas e cartazes, eles permaneceram uniformizados no local para mostrar a insatisfação com o cenário que traz ameaças de privatização da estatal e redução dos direitos trabalhistas da categoria.
Alguns deles conversaram com nossa reportagem, chamando atenção para os motivos que provocaram a paralisação nacional, iniciada na semana passada.
Esta funcionária fez uma convocação aos carteiros e demais funcionários que ainda não aderiram ao movimento, dizendo que toda participação é importante para que a categoria não sofra mais perdas.
A agência dos Correios de Pará de Minas está funcionando através de uma força tarefa liderada pela gerência da unidade que tem se esforçado, junto a dois servidores que vieram de outros municípios, para dar conta dos atendimentos. Com a redução do número de guichês, a espera tem sido longa.
E foi justamente na fila que nós conversamos com o ex-carteiro Geraldo Alves, morador do bairro São Francisco. Ao assistir o protesto dos trabalhadores ele lembrou da experiência semelhante que viveu anos atrás. Só que no seu caso, o resultado não foi o esperado.
A Constituição Federal prevê o direito à greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e os interesses que devem por meio dele defender. Enquanto o movimento grevista segue por tempo indeterminado, a Empresa de Correios e Telégrafos informa que tem dado conta de manter o fluxo de entrega das correspondências e encomendas para todo o país, devido ao reforço dos funcionários da área administrativa e dos veículos extras. Toda a rede de atendimento segue aberta, inclusive com os serviços de Sedex e Pac. Apenas as postagens com hora marcada, que foram suspensas no início da pandemia, seguem indisponíveis.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM