Com o aumento das temperaturas, o consumo de água aumenta sensivelmente. Os banhos ficam mais demorados, as pessoas lavam mais a casa e os veículos, sem falar nas atividades recreativas, caso dos banhos de mangueira, ducha, tanques e piscinas.
Mas, em plena crise econômica, as pessoas têm economizado ao máximo, por isso algumas dessas atividades foram descartadas e até mesmo a água potável para consumo às vezes vem direto da fonte. Estamos falando das minas e poços profundos perfurados em alguns bairros de Pará de Minas,
O mais popular deles fica no alto da Rua Raquel Ferreira, na Vila Raquel. O local registra grande movimentação o ano todo e agora no calor o fluxo de pessoas aumenta. Muitas pessoas atravessam a cidade em busca da água potável, já que a economia é grande:
Sânia Aparecida, que mora bem perto da mina, não se importa com a movimentação em frente à sua casa, pelo menos no que diz respeito ao abastecimento de água. Mas tem percebido que, com o aumento do fluxo de pessoas, um problema sério surgiu por lá. É que muitas pessoas têm deixado sacolas de lixo na calçada, poluindo a mina e a fachada das casas mais próximas.
O aposentado João Rodrigues de Oliveira, é um dos cuidadores voluntários da mina. Por muitos anos ele foi o responsável por controlar os horários de abertura e fechamento das torneiras. Mas agora esse controle não existe mais e as pessoas têm abusado, provocando desperdício.
Atentos à necessidade de preservação do recurso hídrico, João Rodrigues, Sânia e toda a comunidade, pedem que as pessoas tenham mais cuidado na hora de buscar a água da mina. Que a retirada seja sem abusos ou desperdícios e mantendo a limpeza e a organização do local.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM