Famílias que estão aflitas pelo retorno das aulas presenciais, assim como as próprias escolas, ganharam mais um incentivo da Sociedade Brasileira de Pediatria para o retorno das atividades presenciais. Diante do anúncio do plano de vacinação, o Departamento de Imunização da entidade volta a dizer que não é preciso manter as crianças presas em casa.
Os pediatras também esclarecem que elas não estão sendo alvo dos programas de vacinação e dos estudos de fase 3 justamente por não serem do grupo de risco e nem de fazer parte da cadeia de transmissão de forma importante. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, as crianças apresentam infecções mais leves, com menos sintomas, e são capazes de disseminar menos o vírus.
Os estudos mostram que elas possuem menor carga viral que os adultos e podem até ter uma proteção natural contra o coronavírus devido a infecções passadas de outros vírus causadores de resfriados. Perto de 500 pediatras assinam uma carta pública, que está circulando no Brasil, pedindo o retorno das aulas.
Eles argumentam que medidas de proteção individual resolvem a situação, desde que as escolas também façam o mesmo. A mobilização dos profissionais se deve aos frequentes casos de depressão infantil. Muitas crianças estão apáticas em casa, sem comer nem dormir direito. Outras apresentam grau excessivo de irritabilidade e acentuada queda de cabelos.
E existem ainda as situações em que as crianças estão perdendo a memória da escola, esquecendo-se até do nome do professor, o que também representa sérios prejuízos no processo educacional. Nem o governo federal nem os estaduais e municipais têm novas definições sobre a reabertura das escolas, até mesmo porque nas localidades onde isso aconteceu a Justiça jogou uma pá de cal e determinou o novo fechamento.
Mas de uma coisa ninguém pode duvidar. Todos estão à beira da exaustão e já não veem a hora de retomar aquela rotina da vida toda. Na rede pública é preciso aguardar o sinal verde dos órgãos superiores. E na rede particular de ensino existe um forte movimento no sentido de se aprovar protocolos de segurança que serão adotados quando a situação melhorar.
Em Pará de Minas mesmo, vários representantes do setor estão pressionando a prefeitura a definir as normas o quanto antes para que eles não percam tempo depois, fazendo adaptações. Nesse sentido já existe até uma nova reunião marcada, para o dia 20 de janeiro.