O mês de fevereiro coloca em evidência um assunto sério e ainda muito recorrente na sociedade – a gravidez na adolescência.
Os números mundiais sobre a quantidade de meninas grávidas impressionam. Segundo o Fundo de População das Nações Unidas, das mais de sete milhões de jovens gestantes no planeta, dois milhões têm menos de 14 anos de idade.
Para muitas mulheres a maternidade é a realização de um sonho e um momento único na vida, mas quando ocorre na adolescência, sem qualquer planejamento, pode trazer consequências para a saúde, educação e a renda dos envolvidos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a gestação na adolescência é uma condição que eleva a prevalência de complicações maternas, fetais e neonatais, além de agravar problemas socioeconômicos existentes.
Para tentar diminuir as estatísticas, desde 2019 é realizada no Brasil a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, que acontece na primeira semana de fevereiro.
Neste ano, por causa da pandemia não foi possível fazer grandes ações junto ao público-alvo, mas o trabalho preventivo não deixou de acontecer. Na rede pública de saúde de Pará de Minas, os atendimentos às adolescentes são feitos nas UBS’s e no Ambulatório Médico de Especialidades (AME).
Segundo a coordenadora da Atenção à Saúde da Mulher e da Criança, a enfermeira Juliana Machado, a desinformação e a pequena participação da família estão entre os principais fatores relacionados aos casos precoces.
Juliana Machado também divulgou os números da gravidez na adolescência em Pará de Minas.
Antes da pandemia, a equipe de saúde realizava o Programa de Saúde na Escola (PSE), levando informações sobre sexualidade e consequências da gravidez na adolescência para os estudantes.
O projeto estava surtindo efeito, mas foi interrompido temporariamente porque as aulas deixaram de acontecer no modo presencial. A expectativa é que, tão logo isso seja retomado, o programa também volte a acontecer nas escolas.
Foto Ilustrativa pixabay.com e Prefeitura de Pará de Minas