Iniciada em janeiro, a Campanha Nacional de Imunização contra a Covid-19 não está acontecendo na agilidade que a população esperava.
Considerada a principal esperança para o fim da pandemia, a vacina chegou para uma pequena parcela dos brasileiros e ainda não há previsão de quando o percentual ideal da população estará imunizada.
Enquanto isso, a doença continua tirando a vida de muitas pessoas e desolando inúmeras famílias. Até mesmo quem já recebeu a primeira dose do imunizante reconhece que o processo de aquisição, distribuição e aplicação está lento e confuso.
É o caso do médico Ênio Talma Ferreira de Rezende, que foi vacinado com a AstraZeneca e aguarda a aplicação da segunda dose. Com vasta experiência na área da saúde, Dr. Ênio lamenta o que ele classifica como desorganização.
A fala de Dr. Ênio exemplifica bem a pesquisa feita por duas instituições mineiras sobre a vacinação no Brasil. Juntas, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJG) e Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ) elaboraram um estudo que mostrou que, se o país mantiver o atual ritmo de imunização, deverá somar mais de 200 mil vítimas.
Ainda segundo o levantamento, o índice de óbitos poderá diminuir somente se o Brasil der celeridade na campanha vacinando, pelo menos, um milhão de pessoas por dia, o que poderá poupar mais de 170 mil vidas e controlar a pandemia até fevereiro do ano que vem. Outro assunto que chama atenção de Dr. Ênio são contrárias à vacina, embora ele reconheça que isso não é novidade no país.
Quem tiver dúvidas sobre as vacinas que estão sendo aplicadas no país ou mesmo qualquer outro assunto relacionado ao coronavírus, deve consultar fontes confiáveis e evitar compartilhar notícias duvidosas que colocam em xeque o combate ao vírus.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM