A reabertura das lojas Chá de Panela ontem em Pará de Minas foi o principal assunto das redes sociais, inclusive com muitas críticas de consumidores que consideraram a iniciativa um desrespeito às restrições da Onda Roxa e ao decreto municipal que proíbe o funcionamento do comércio lojista, a exceção das atividades essenciais.
Mas o grupo que compõe a rede varejista garante que não descumpriu nenhuma determinação, ao contrário, voltou a trabalhar acobertado pela própria legislação que define as atividades permitidas.
É que desde 2008, o grupo Chá de Panela tem como principais atividades econômicas dentro do seu CNAE, que é a Classificação Nacional de Atividades Econômicas, a permissão para trabalhar com utilidades domésticas, produtos alimentícios e mercadorias de conveniência, dentre outros.
A descrição do CNAE, inclusive, é o que tem mantido outros comércios abertos em Pará de Minas. Segundo informação, o grupo Chá de Panela fez uma consulta contábil e depois de receber informação de que estaria enquadrado na liberação das atividades informou à prefeitura a pretensão de retomar as atividades dentro das medidas permitidas pela Onda Roxa.
No entanto, a reabertura das portas gerou grande repercussão na cidade, inclusive reclamações contra a prefeitura que, na opinião de muitos, estaria fechando os olhos para uma infração.
E o reflexo disso apareceu no final da tarde, quando foi anunciado um decreto municipal com mais restrições, que já estão em vigor. Por essas restrições, nem a rede Chá de Panela nem outros estabelecimentos comerciais afins poderão manter as portas abertas, caso das lojas de conveniência e dos mercados.
Foto: Rádio Santa Cruz FM