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Populares reclamam da lentidão, mas a Secretaria de Saúde diz que ritmo da vacinação anti-covid segue o estoque

12/04/2021

O ritmo da aplicação das vacinas anti-covid em Pará de Minas tem desagradado a população. Todos os dias a redação do JM recebe manifestações de pessoas com urgência do imunizante. O medo de contrair o vírus é o principal motivo alegado por elas. Sobram críticas ao governo federal e também aos governos estaduais e municipais. Populares também se queixam do sistema de divulgação do calendário da vacina, alegando que é confuso e às vezes chega em cima da hora.

O JM levou o assunto ao secretário municipal de Saúde, Wagner Magesty, e ele reafirmou que só trabalhar com situações concretas, ou seja, a partir do recebimento das remessas do imunizante. Segundo Wagner, em algumas situações o número de vacinas que chega a Pará de Minas é inferior ao que foi anunciado antes pelo governo estadual:


As secretarias municipais de saúde não têm poder para mudar a situação, até porque elas estão na ponta da distribuição dos imunizantes. A vacinação só vai aumentar em Pará de Minas na medida em que as doses chegarem. Se for preciso, a campanha será prolongada para os fins de semana também, mas é preciso ter vacinas no estoque.

E essa é a raiz do problema. O estado de Minas Gerais apareceu no ranking nacional como o quinto pior ritmo de vacinação do Brasil. De acordo com o Vacinômetro do Ministério da Saúde, Minas aplicou pouco mais de 50% das doses recebidas.

A velocidade está tão lenta que o governador Romeu Zema anunciou que as cidades que vacinarem a população de maneira mais acelerada, receberão mais doses. Ele anunciou também que vai enviar aos municípios os 5% de doses que foram estocadas como reserva.

O governador culpou os prefeitos pelo ritmo lento e a resposta veio na hora: Como acelerar, sem vacina? Especialistas na área entram na discussão, dizendo que a responsabilidade de coordenação do processo é do governo.

E na tentativa de resolver o impasse até sugerem a criação de um comitê, com representantes dos municípios e do Estado, com capacidade para analisar os critérios usados em cada cidade e ter um controle maior.

Fotos: Arquivo Rádio Santa Cruz FM




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