A polêmica em torno da suspensão de celebrações nas igrejas e templos religiosos não terminou com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em transferir para os municípios a responsabilidade de proibir os eventos. As discussões agora avançam para as avaliações sobre os riscos de contaminação do coronavírus nesses ambientes, sendo que a maioria reconhece como bem menor que em outros espaços, começando pelas filas nos bancos e o vai e vem de pessoas nas ruas.
As comparações também passam pelas pesadas restrições impostas ao comércio lojista, que enfrenta fechamentos constantes como se fossem solução para o fim da pandemia no Brasil. Sentindo na pele os problemas que afetam o empresariado, o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Pará de Minas (CDL), Milton Ferreira de Oliveira, fez um desabafo explosivo sobre os disparates que vem ocorrendo no Brasil.
Muito nervoso, ele disse que a situação das igrejas é a mesma que a do varejo nacional – todos pagando uma conta alheia:
O presidente da CDL também criticou a falta de apoio do governo em relação ao empresariado que está praticamente falido. Segundo ele, até agora só tem promessa de ajuda:
E as dificuldades não terminaram. Nas lojas físicas os consumidores estão impedidos de entrar, somente podem retirar mercadoria no balcão. Esse procedimento inibe o consumo que já não era bom, diante do sufoco financeiro da grande maioria dos trabalhadores.
A Onda Roxa vai prevalecer na maior parte de Minas Gerais até o próximo domingo, mas ninguém se arrisca a garantir que depois dessa data as portas serão totalmente reabertas.
Fotos: Arquivo Rádio Santa Cruz FM
