Minas Gerais registrou uma estatística jamais vista em sua história. Mostrando mais força ainda, a pandemia da covid-19 empurrou para cima o número de mortes na primeira quinzena de abril. Até então os registros sempre mostravam mais nascimentos que o encerramento do ciclo da vida. Segundo levantamento oficial, os cartórios mineiros registraram 5.975 óbitos contra 5.502 nascimentos, ou seja, o saldo populacional negativo foi de 473 pessoas.
Na maioria das cidades mineiras, antes da pandemia os nascimentos eram o dobro dos óbitos e segundo projeções do IBGE, o número de mortes só iria superar os nascimentos no Brasil a partir do ano 2047. A alta taxa de letalidade que compromete os índices demográficos vem sendo percebida com muita preocupação pelas autoridades da saúde e se o distanciamento social não for mantido, inclusive por quem já foi vacinado, a situação tende a piorar.
O excessivo número de mortes nas cidades mineiras vem chamando atenção desde fevereiro e não é só isso. Antes, a maioria dos óbitos se confirmava pela idade avançada. Agora é o contrário, já que muitas pessoas novas estão morrendo por covid. E aí você pergunta – Qual a realidade de Pará de Minas nesse novo panorama? A pedido do Jornal da Manhã o Cartório de Registro Civil fez um levantamento correspondente ao mês de março e à primeira quinzena de abril.
Felizmente estamos na contramão, mas isso não quer dizer longe do perigo. O cartório registrou 140 nascimentos em Pará de Minas e 123 óbitos, ou seja, uma diferença de apenas sete vidas. Considerando o levantamento relacionado às mortes é possível ver o crescimento dos números, já que a cidade sempre teve uma média de 63 por mês. Em resumo: o impacto da pandemia nos dias atuais está mais forte do que no início dela, em março de 2020.
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