O Ministério Público de Pará de Minas solicitou à mineradora Vale a apresentação de relatórios que mostrem o antes e o depois das intervenções realizadas em Meireles para a construção da adutora de captação de água do Rio Pará.
A Curadoria de Meio Ambiente, comandada pelo promotor Delano Azevêdo, quer saber se a mineradora cumpriu os pontos acordados com o Ministério Público para reparar os estragos feitos no distrito em decorrência das obras para a construção da adutora.
Meireles está inserida no radar de quase 50 km de extensão por onde passa a tubulação que capta água do Rio Pará e transporta até a Estação de Tratamento da Águas de Pará de Minas. Durante o tempo em que as empresas terceirizadas estiveram no distrito, as famílias tiveram que conviver com a poeira e buracos nas ruas e estradas que dão acesso à comunidade.
O promotor Delano Azevêdo garante que o Ministério Público está acompanhando a situação, mas faz algumas ponderações aos moradores sobre o pós-trabalho de reparação. Segundo ele, toda intervenção deixa uma cicatriz.
Tão logo a Vale apresente os relatórios solicitados, o Ministério Público fará uma avaliação e tomará as devidas providências. Meireles foi contemplada com 10% do acordo de R$ 10 milhões firmado entre a Justiça e a Vale, pelo atraso na entrega da adutora.
Desse valor, R$ 1 milhão serão investidos no distrito, sendo R$550 mil para a reforma da Escola Marechal Deodoro, R$200 mil para a reforma e montagem de todo o Posto de Saúde, R$150 mil para a reforma da praça de Meireles e os R$100 mil restantes irão para a construção do velório.
Foto: Arquivo/Rádio Santa Cruz FM