Possivelmente amanhã os representantes do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 em Pará de Minas serão convocados para uma reunião que vai priorizar a educação. Na pauta, o retorno gradual da rede de ensino.
As primeiras conversações da semana aconteceram no gabinete do prefeito Elias Diniz, contando com representantes das secretarias de Educação e Saúde, além da Procuradoria Jurídica e integrantes da Vigilância Sanitária, que é o órgão responsável pela fiscalização.
Ficou definido que a volta às aulas deverá acontecer no dia 3 de agosto e até lá os órgãos públicos vão fazer os últimos ajustes no Plano de Ação para Retorno Presencial.
O secretário de Saúde, Wagner Magesty, afirmou que a liberação pretendida é reflexo do avanço da imunização anti-covid no município:
Já o procurador jurídico, Hernando Fernandes da Silva, informou que o modelo híbrido, ou seja, o retorno gradual das aulas presenciais, será para todos os níveis de escolaridade:
E se a rede municipal caminha para a retomada das aulas presenciais no início de agosto, o mesmo não se pode dizer da rede estadual de ensino. Em assembleia realizada ontem a categoria anunciou a aprovação de uma greve com uma semana de duração. A paralisação vai acontecer de 12 a 17 de julho, período que coincide com o retorno de todos os estudantes que estão em recesso.
A greve sanitária foi aprovada por 92% da categoria, em votação on-line. Segundo o Sind-Ute, os profissionais continuarão disponíveis para a prestação do trabalho remoto. A greve se aplicará nos locais onde houver convocação para trabalho presencial. A reação da rede estadual se deve à resistência de muitos professores com o retorno das aulas presenciais.
Eles alegam que já estão acontecendo contaminações em setores que voltaram a trabalhar de forma presencial nas escolas. A média de ocupação de leitos de UTI no Estado é de 70%, por isso o Sind-Ute não concorda com a convocação presencial. O sindicato também argumenta que mesmo com muitos professores vacinados, a imunização ainda não atingiu 100% da categoria.
E como a campanha prossegue de forma diferenciada nos municípios, a maioria dos professores ainda não recebeu a vacina. Já de Brasília, o governo federal anunciou que vai editar portaria interministerial regulamentando a volta às aulas em todo o país. O Ministério da Educação já tem pronto o guia de retorno que prevê uso obrigatório de máscaras e as medidas que devem ser evitadas, como apertos de mãos e beijos.
Também são orientados o espaçamento nas salas de aula, ventilação dos ambientes com portas e janelas abertas, desinfecção permanente dos espaços e a suspensão dos bebedouros coletivos e dos armários compartilhados.
Fotos: Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação