Os frentistas dos postos de combustível de Pará de Minas nunca ouviram tantos protestos dos clientes como agora. Nada contra a prestação de serviços, o problema é a sucessão de aumentos nos preços da gasolina.
Com o litro nas alturas o desespero toma conta dos motoristas. Até mesmo o abastecimento das motocicletas ficou comprometido e hoje raramente um condutor enche o tanque.
Para driblar a conta alta os proprietários de veículos estão trocando a gasolina aditivada pela comum ou pelo álcool e mesmo assim abastecendo só o necessário. Minas Gerais tem a sexta gasolina mais cara do Brasil. Na semana passada, o preço máximo no Estado chegou a R$6,75 e o mínimo R$6,18.
A escalada dos preços também continua por aqui. A gasolina mais barata está sendo vendida a R$6,09 o litro e a mais cara a R$6,63. Já para o abastecimento à prazo, aquele feito através de convênios, o preço é R$7,07.
E a disparada nos preços não tem perspectiva de parar, segundo especialistas. Eles consideram que as variações nos preços do barril de petróleo no mercado internacional e a desvalorização do real frente ao dólar são os principais pontos que impedem alívio nos reajustes.
Já o Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Minas anunciou que pode deflagrar um movimento grevista jamais visto no Estado, se o governo estadual não reduzir o ICMS sobre os produtos, especialmente o diesel.
Segundo o presidente da entidade, Irani Gomes, os sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis que têm onerado o orçamento dos consumidores em geral também têm sido motivo de dor de cabeça para os transportadores. A intenção da categoria é fazer um movimento ainda maior que o realizado em fevereiro, caso o imposto estadual não caia de 15% para 12%.
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