Os pagamentos com cartão de crédito por aproximação caíram no gosto popular e os números mostram esse fenômeno claramente. Só no primeiro semestre deste ano, eles representaram mais de R$53 bilhões e isso mostra um crescimento de 540% em relação às transações de 2020. O problema é que tanta facilidade também está atraindo fraudes. Várias pessoas têm se queixado de que alguém passou um valor acima na maquininha.
As vítimas têm registrado boletins de ocorrência, mas os bancos alegam que não existe comprovada de que a pessoa foi mesmo lesada, por isso não reconhecem a obrigação de fazer restituições. O Banco Central explica que não existem normas específicas para essa modalidade de pagamento. Para fazer transações por aproximação é preciso ter uma distância de apenas 4 cm entre o cartão e a maquininha.
O limite máximo para pagamento sem senha é R$200,00 e a modalidade já vem habilitada automaticamente em quase todos os cartões. Para fazer a desabilitação é preciso pedir à instituição. O Procon confirma que a dificuldade de reembolso está entre as principais reclamações. A dificuldade está na pessoa perceber que ela foi furtada e aí o boletim de ocorrência é feito 24 horas depois, o que aumenta a resistência das instituições financeiras.
Outro caso comum é quando a pessoa perde o cartão e quando vai fazer o bloqueio dele descobre que foram efetuados pagamentos por aproximação. Muitas pessoas chegam a dizer que nem sabiam da existência dessa modalidade. Oficialmente o volume de reclamações desse tipo é pequeno no geral, mas como a tendência é crescer a recomendação do Procon é que o banco seja o primeiro a ser acionado. Se não houver acordo, o ideal é que a pessoa procure os órgãos de defesa do consumidor.
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