O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes de Pará de Minas fez uma avaliação da greve da categoria e não descartou novas paralisações no futuro.
O posicionamento vem do presidente Francisco Ferreira Borges, que acompanhou os protestos no país, que foram influenciados pelos atos de 7 de setembro em favor do governo Bolsonaro.
Diferentemente de 2018, quando a paralisação durou mais de 10 dias e reuniu milhares de caminhoneiros pelo Brasil, travando a economia nacional, desta vez o movimento foi mais tímido e ficou concentrado em alguns estados.
Na região de Pará de Minas, os registros mais próximos de paralisação aconteceram na BR-262, entre Betim e Juatuba, e na MG-050, em Divinópolis, mas não houve grande congestionamento e em poucos dias o trânsito foi liberado.
Apesar de ter sido menos intensa, o sindicalista Francisco Borges acredita que a manifestação dos caminhoneiros comprovou a força da categoria, pois muita gente ficou com receio dos efeitos desse ato para o país, inclusive o próprio presidente Bolsonaro, que pediu a desmobilização dos profissionais.
Francisco Borges acredita que a paralisação conseguiu frear novos reajustes nos preços dos combustíveis, reivindicação que tem sido feita pelos caminhoneiros desde 2018. Mas adverte que se o governo não tomar decisões a respeito, outros protestos deverão acontecer.
O fim da paralisação dos caminhoneiros aconteceu no domingo e, desde então, não há mais registros de qualquer movimento da categoria nas estradas.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM