A Secretaria de Estado de Saúde não confirmou oficialmente, mas admite que a variante do coronavírus MU, que surgiu na Colômbia, já tem transmissão comunitária em Minas Gerais.
Até a última atualização da pasta, foram sete casos confirmados, sendo três pessoas de Virginópolis e duas de Guanhães, na região Leste, e outros dois moradores de Braúnas, no Vale do Rio Doce. A situação de saúde dos pacientes não foi informada.
A variante MU é classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “interessante”, o que significa que ela é acompanhada por pesquisadores e médicos da organização.
O motivo para esse reconhecimento se deve às mutações que indicam potenciais para escape imunológico, ou seja, ela apresenta sinais de que consegue driblar as vacinas disponíveis contra o vírus.
O secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, dá mais informações sobre o monitoramento da cepa em Minas.
Apesar do registro dos casos e da eminente possibilidade de transmissão comunitária, a MU ainda não é a principal preocupação da Secretaria de Saúde. No momento, a variante Delta é que mais chama atenção pelo crescimento significativo de casos nas últimas semanas. Desde o último sábado, o número de notificações cresceu mais de 50% e o Estado já ultrapassa 390 amostras identificadas com a mutação originária na Índia.
Em Pará de Minas, até o momento, segundo o Painel de Monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde, apenas a variante Gamma, que teve origem em Manaus, foi identificada em amostras coletadas. É importante destacar que as formas de prevenção à essas variantes são as mesmas orientadas desde o início da pandemia de covid-19, como uso de máscaras, higienização das mãos, distanciamento social e, o principal, a vacinação.
Foto: Reprodução/Governo de Minas Gerais