Agentes de combate a endemias iniciaram ontem o novo levantamento sobre a situação de Pará de Minas em relação à dengue. Conhecida popularmente pela sigla de LIRAa, a pesquisa de campo inclui residências, empresas e lotes vagos. Os critérios do levantamento obedecem à normatização do governo de Minas, através da Secretaria Regional de Saúde.
Nos bairros e ruas sorteados a cada casa ou estabelecimento empresarial visitado, os agentes saltam os quatro endereços seguintes e entram no quinto. A necessidade do novo LIRAa se deve às condições climáticas, já que a combinação entre sol e chuva, além do calor, favorece o surgimento dos focos do mosquito aedes aegypti, que é o transmissor da doença.
Pará de Minas precisa identificar se a situação local é de alto ou baixo risco de uma epidemia, já que vários casos continuam sendo registrados. O levantamento vai até sexta-feira (22) e para facilitar a identificação dos agentes de saúde eles estão usando uniformes e crachá da Secretaria Municipal de Saúde.
Amostragens semelhantes estão sendo feitas em todos os municípios mineiros diante da suspeita de subnotificação de doenças como dengue, zika e chikungunya, devido à pandemia da covid-19. É que boa parte dos trabalhadores da saúde foram remanejados para controle do coronavírus e com isso o monitoramento da dengue ficou em segundo plano.
Tem outra situação que ainda merece reflexão, caso da semelhança clínica da dengue com o coronavírus. Como os sintomas são parecidos, eles podem ter provocado uma confusão nos diagnósticos.
A suspeita de subnotificação também é fruto do isolamento social que pode ter contribuído para a queda nos registros oficiais dos casos de dengue. Muitas pessoas deixaram de procurar as unidades de saúde com medo de se contaminarem.
Foto Ilustrativa: Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação