A greve dos caminhoneiros, prevista para 1º de novembro, está ganhando força. Revoltados com a alta no preço dos combustíveis, principalmente do diesel, os motoristas que circulam por Minas Gerais confirmam adesão à paralisação. A manifestação é programada em meio a exigências de valor mínimo para o frete, aposentadoria especial e mudança na política de preços da Petrobras.
Os caminhoneiros e as empresas transportadoras passam por situação difícil devido à instabilidade no valor do combustível. A situação também não é boa nos postos de combustíveis de Minas Gerais. Levantamento feito pela entidade que representa a categoria – no caso, a Federação Nacional dos Revendedores de Combustíveis – mostra que a crise no setor foi agravada pelo alto preço dos derivados de petróleo.
Os postos, assim como os consumidores, sofrem com as recentes altas dos combustíveis. Como necessitam de mais dinheiro para manter os estoques, além do capital de giro, nos últimos meses muitos deles encerraram as atividades em Minas. Isso, sem falar que os consumidores abastecem menos, afetando também a rentabilidade dos postos.
Em nota, o governo de Minas afirma que os últimos reajustes nos valores dos combustíveis não se devem ao ICMS cobrado pelo Estado. Eles são consequência da política de preços adotada pela Petrobras. Já a Petrobras anunciou que a defasagem entre os preços dos combustíveis no Brasil e as cotações internacionais aumentou, dificultando a importação e isso poderá provocar o desabastecimento do mercado.
A Petrobras já informou às distribuidoras que não poderá atender todos os pedidos em novembro. As distribuidoras menores e postos de bandeira branca serão os mais prejudicados.
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