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PARÁ DE MINAS EM DESTAQUE


Depois da corrida aos postos a greve dos tanqueiros acabou deixando consumidores no sufoco financeiro

23/10/2021

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A corrida aos postos de combustíveis de Minas Gerais terminou na tarde de ontem, com o anúncio do fim da greve dos tanqueiros, iniciada na quinta-feira. O Sindicato das Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo em Minas declarou que as empresas se sensibilizaram e resolveram pela interrupção.

O representante da categoria, Irani Gomes, também declarou que a entidade aguarda uma posição do governo do Estado, em relação às alíquotas dos combustíveis. A manifestação da categoria desencadeou corrida aos postos e muitos transtornos para os motoristas, em função da ameaça de desabastecimento. Os problemas apareceram primeiro nos grandes centros, caso da capital de Minas, onde as filas dos postos começaram na quinta à noite.

Ontem, quando o dia amanheceu, trabalhadores quebraram a rotina priorizando o abastecimento e na medida em que as horas passavam as filas aumentavam de tamanho. Essa também foi a realidade de Pará de Minas, cercada de impaciência, revolta e protestos nas filas que só aumentavam de tamanho no período da manhã.

 Além das queixas pelo preço elevado dos combustíveis, os consumidores reclamavam da ausência de uma política capaz de dar fim ao problema. 
E em tempos de redes sociais também não faltaram flagrantes, registrados em vídeos, mostrando que alguns postos aproveitaram para subir os preços diante da demanda tão elevada.

O Jornal da Manhã percorreu vários estabelecimentos e em todos eles havia uma onda de manifestações:

A apreensão sobre o risco de desabastecimento também tomou conta dos donos dos postos. Por volta das 11 da manhã eles continuavam com as mesmas informações do dia anterior, manifestando muita preocupação. Ricardo Campolina, do One Plus, falou ao JM:

Quando a notícia do fim da greve chegou na cidade, alguns postos já não tinham mais estoque. O reabastecimento só foi normalizado no final da tarde. 
Já em Belo Horizonte a Polícia Civil realizou uma operação nos postos para coibir irregularidades e preços exorbitantes. Ao todo, houve fiscalização em 50 sendo que só em dois foram encontrados indícios de abuso.

O administrador do site de pesquisas de preço Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, avalia que o melhor seria não abastecer, mas reconhece que profissionais que necessitam do carro para trabalhar não têm muita saída. Abreu diz que o consumidor não pode ser massa de manobra para a categoria. A reivindicação dos caminhoneiros é justa, mas a população não pode pagar a conta de novo.

Muita gente ontem pagou mais caro pelo combustível mesmo sem poder, enchendo o tanque, com medo de ficar sem transporte para trabalhar ou socorrer um parente. O abastecimento nos postos de Minas Gerais deve ser normalizado hoje até o início da tarde, já que as bases estão abertas.

Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM




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