A sexta alta consecutiva da Selic, que é a taxa básica de juros da economia nacional, vai impactar nas linhas de crédito oferecidas pelas instituições financeiras do país.
A Selic foi elevada nesta semana, na penúltima reunião de 2021 do Comitê de Política Monetária do Banco Central. O indicador passou de 6,25% para 7,75% ao ano, representando o maior índice em quatro anos.
Com esta decisão, o Banco Central tem o objetivo de conter a alta de preços e controlar a inflação que, nos últimos 12 meses, chegou ao patamar de dois dígitos, registrando 10,25%, a mais alta desde fevereiro de 2016.
Em contrapartida, haverá consequências para o consumidor final. Segundo economistas, o aumento da Selic resultará em taxas bancárias mais elevadas, influenciando negativamente o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego e a renda a poucas semanas para a chegada do Natal.
Em Pará de Minas, o Sicoob Credirural já está levantando informações para avaliar a possibilidade de reajustes em suas linhas de crédito. Segundo o diretor Financeiro Juarez de Melo, não era uma medida que a cooperativa queria tomar mas é preciso se ajustar às regras do mercado.
Apesar do provável encarecimento, Juarez defendeu o sistema cooperativista dizendo que esse modelo ainda é muito benéfico para o brasileiro.
Embora a Selic tenha chegado a um patamar elevado, o mercado ainda prevê nova alta em dezembro, quando acontecerá a última reunião do Copom. A expectativa é que a taxa salte para 8,75% ao ano.
Para 2022, as previsões também apontam para novos aumentos, com o indicador podendo chegar a 9,5% ao ano. A redução só deve começar a acontecer a partir de 2023.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM