Aberta hoje a programação alusiva ao Mês da Consciência Negra. As ações e comemorações se referem ao Dia Nacional da Consciência, celebrado em 20 de novembro, data escolhida para homenagear Zumbi, o líder do Quilombo de Palmares.
Em Pará de Minas a programação foi organizada pela Associação Étnica Dandara, conforme informou a professora e artista plástica Arlete Maria dos Santos Silva.
À frente da entidade, Arlete lembra que o mês da consciência é um momento especial para reforçar a importância da reflexão sobre igualdade e reconhecimento.
E este empenho não se limita aos dias de celebração em novembro, já que a Associação Dandara tem trabalhado por uma extensa pauta de reivindicações, entre elas a criação de uma secretaria voltada para as demandas do povo negro e maior participação da comunidade em eventos sociais e culturais da cidade.
Perguntada sobre o racismo em Pará de Minas, Arlete lamenta episódios tristes que continuam se repetindo nos estabelecimentos comerciais e em outros espaços. No entanto, não deixa de reconhecer que o movimento conseguiu grandes avanços nos últimos anos, mas deixa claro que a cidade continua apresentando cenários hostis para o povo negro.
Diante de situações assim é que se faz necessário um trabalho de conscientização cada vez maior. Esta realidade é que impulsiona a abertura do Mês da Consciência, com atos na praça em frente ao Santuário Nossa Senhora da Piedade.
A programação também prevê, até o fim do mês, a realização da Exposição da Arte Negra, da 3ª Feira Negra na Casa da Cultura, protestos, rodas de conversa, apresentações artísticas, e várias outras atividades.
Foto: Reprodução/Divulgação e Arquivo Pessoal