O prefeito Elias Diniz concedeu entrevista ao Jornal da Manhã para falar sobre a visita que fez ao Congresso Nacional, representando a Frente Nacional dos Prefeitos, para pedir ajuda do governo federal para o serviço de transporte público municipal.
Elias, que ocupa o cargo de vice-presidente da entidade, e mais de 60 prefeitos estiveram presentes no encontro com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
A principal reivindicação do grupo foi a destinação de R$ 5 bilhões por parte da União aos municípios para custear a gratuidade de passagem que é oferecida aos idosos. Segundo os gestores municipais, a pandemia de covid-19 agravou um problema que já vinha se intensificando no transporte público, com a queda de arrecadação das empresas devido à procura menor pelo transporte.
Como exemplo, eles citaram a preferência de muitas pessoas pelo serviço de transporte por aplicativo e da locomoção por veículo próprio. Elias Diniz informou que a ideia do subsídio federal é custear parte das passagens oferecidas gratuitamente à população da terceira idade, amenizando o orçamento das concessionárias.
A preocupação dos prefeitos é que sem a ajuda do governo federal, o reajuste do preço das passagens do transporte público seja desproporcional à correção do salário mínimo, gerando ainda mais dificuldade ao usuário. Para sustentar esse argumento, Elias Diniz apresentou alguns números em Pará de Minas que mostram a dificuldade da Turi em conseguir equilibrar as contas e manter a prestação do serviço.
Ainda de acordo com o prefeito de Pará de Minas, a destinação dos R$ 5 bilhões seria uma medida paliativa. Novas discussões são necessárias para encontrar alternativas que resolvam de vez a situação do transporte público. Se os gestores conseguirem encontrar esses caminhos, a sociedade terá muitos benefícios.
Vale lembrar que, no final de novembro, a Turi apresentou à prefeitura de Pará de Minas uma proposta para criação de um fundo de investimento do transporte com o objetivo de criar uma alternativa de receita para que a concessionária consiga arcar com os custos do serviço.
Na oportunidade, em entrevista ao Jornal da Manhã, o superintendente da empresa na cidade, Djalma Rocha Júnior, disse que as despesas são tão elevadas que o valor ideal da passagem, para conseguir equilibrar o que entra e o que sai, teria que ser superior a R$ 6,00.
Além da queda de arrecadação, a Turi, assim como muitas outras empresas do setor, também sofrem com os altos valores do diesel e de manutenção dos veículos.
Fotos: Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação