O extintor para carros deixou de ser obrigatório desde 2015, após a publicação de uma Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que revogou a obrigatoriedade para veículos comuns como automóveis, utilitários, caminhonetes e triciclos de cabine fechada.
Com essa decisão, as empresas que se dedicavam à produção e substituição periódica do equipamento de segurança, viram suas receitas despencarem nos últimos 7 anos.
Volta e meia o assunto reaparece nos debates políticos, reascendendo a defesa sobre a importância do extintor veicular. Há, inclusive, rumores de que a obrigatoriedade possa voltar a partir do ano que vem. Este é um dos temas que podem aparecer na próxima reunião da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Por enquanto não há nada de oficial, mas o assunto já deixou muita gente interessada, como os empresários do setor, e até preocupada, como no caso dos proprietários de veículos que já vislumbram mais um gasto pela frente.
O empresário Washington Alves Martins Moura, da Extimpar, está no ramo dos extintores há mais de 30 anos, em Pará de Minas, e desde 2015 vem registrando queda de até 60% em seus rendimentos.
Segundo ele, as perdas só não foram maiores porque muita gente, mesmo sem a obrigatoriedade, decidiu manter os extintores em seus carros e caminhonetes.
Washington defende a manutenção do extintor no interior dos veículos, já que representa mais segurança para o motorista e seus passageiros, para o caso de um princípio de incêndio.
Em Pará de Minas, extintores veiculares custam, em média, R$ 110, e contam com 5 anos de validade. No caso da Extimpar, fundada em 1988 pelo empresário Geraldino Cândido Moura Filho, além do equipamento para carros, a empresa também se dedica à execução de projetos de combate a incêndios, exigidos pelo Corpo de Bombeiros para empresas e outros estabelecimentos. E para acompanhar as mudanças no mercado, a empresa ampliou sua atuação para o segmento de comunicação visual.