O Ministério Público de Minas Gerais, através da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente da Comarca de Pitangui, ajuizou ontem o pedido de suspensão das atividades da Companhia Tecidos Santanense, com sede em Itaúna.
É uma ação cautelar conjunta com as coordenadorias de Meio Ambiente da região e das Promotorias de Defesa do Meio Ambiente da Bacia do Alto do Rio São Francisco, além de ter participação do governo de Minas.
A Santanense é proprietária da Usina Carioca, cuja barragem instalada no rio Pará corre risco de rompimento e ameaça moradores de comunidades de Pará de Minas e Conceição do Pará.
A ação pede que a empresa suspenda a exploração dos recursos hídricos e de geração de energia elétrica no local, até que sejam adotadas medidas necessárias para assegurar a estabilidade e segurança da barragem de Carioca.
O Ministério Público informou que foram verificadas deficiências "durante a execução do Plano de Ação de Emergência (PAE) da barragem".
Segundo o órgão, “a empresa não assumiu o protagonismo pela execução do plano, de sua responsabilidade, omitindo-se, principalmente, quanto à apresentação de levantamento cadastral completo e mapeamento atualizado da população existente na Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem e no que diz respeito ao integral amparo aos animais atingidos".
No último domingo, a Defesa Civil estadual e a Prefeitura de Pará de Minas alertaram moradores sobre a possibilidade de rompimento da barragem, que teve a situação de emergência elevada para o nível 3. A Santanense ainda não se manifestou.
Foto: Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação