A Polícia Civil de Pará de Minas anunciou um trabalho de apuração para investigar se houve crime ambiental no caso da barragem da Usina do Carioca. A informação foi confirmada ao Jornal da Manhã pelo delegado Regional, Carlos Henrique Bueno.
A estrutura continua sendo monitorada por equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Santanense – proprietária da usina hidrelétrica - e ainda não está descartado o risco de rompimento devido às chuvas das últimas semanas.
Com o aumento do volume de água, houve um transbordamento da represa, provocando erosão na lateral da barragem e uma fratura no duto principal.
O trabalho da Polícia Civil será executado por uma perícia técnica e utilizado para fins judiciais, a fim de identificar se houve crime ambiental. O delegado não mencionou datas, mas afirmou que a apuração será feita tão logo seja possível, já que é preciso garantir a segurança dos profissionais que farão o levantamento.
A situação da barragem do Carioca virou destaque nacional na última semana, não apenas pelo risco de rompimento, mas porque o Ministério Público de Minas Gerais e o governo estadual ajuizaram uma ação contra a Companhia Tecidos Santanense, que é a empresa responsável pela usina, determinando que ela suspenda as atividades.
O Ministério Público argumentou que houve deficiências na execução do Plano de Ação de Emergência (PAE) da barragem. Até o momento, a Santanense não se pronunciou sobre o caso.
E ainda na entrevista ao Jornal da Manhã, o delegado Carlos Henrique fez um balanço da participação da Polícia Civil nas ações de salvamento e ajuda humanitária às famílias afetadas pelas chuvas. Ele destacou os trabalhos de resgate e segurança aos bens dos populares.
A Polícia Civil continuará dando apoio ao trabalho em torno da barragem do Carioca. Novas atualizações sobre a situação da estrutura são esperadas para essa semana. Embora haja previsão de chuva para os próximos dias, o volume esperado é pouco e a expectativa é que o nível da represa diminua, reduzindo também a força da água sobre a barragem.