A prefeitura de Pitangui publicou nota a respeito da decisão da Justiça em cassar o mandato da prefeita Maria Lúcia Cardoso e do vice dela, Márcio Gonçalves. A informação é que o mandato dela ‘não foi cassado por se tratar de uma decisão de primeira instância. Maria Lúcia continuará no cargo enquanto o recurso não for julgado’.
A nota diz ainda que ‘os argumentos já tinham sido objeto de questionamento pelo Ministério Público nos autos da prestação de contas da campanha. No entanto, o TRE reformou a decisão, reconhecendo que não se pode imputar à campanha da prefeita qualquer irregularidade. Assim, haverá o devido recurso e a análise adequada dos fatos’.
O diretório estadual do MDB, partido ao qual Maria Lúcia é filiada e tem como presidente o filho dela, Newton Cardoso Junior, também se manifestou. Em nota, o MDB afirma que ‘tem plena confiança que instâncias superiores da Justiça irão reverter a decisão, já que o próprio TRE reconheceu que não se pode imputar à chapa as irregularidades apontadas’.
Maria Lúcia e o vice Márcio Gonçalves, são acusados de terem apresentado uma prestação de contas irregular da campanha de 2020. A juíza Rachel Viegas aceitou o pedido de cassação baseado em denúncia do Ministério Público. Para a magistrada, as irregularidades apontam que a chapa obteve vantagem indevida na campanha e o resultado do pleito sofreu interferência.
As provas produzidas revelam que a pequena diferença de votos, aliada aos gastos enormes omitidos da prestação de contas, desequilibraram as urnas. Maria Lúcia foi eleita com 53,9% dos votos válidos, totalizando 8.733 votos. No processo consta que ela não prestou contas do uso de camisetas com o número da legenda, nem do uso de um carro e de um helicóptero.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM