Nas ruas e nas redes sociais de Pará de Minas, muitos cidadãos têm protestado contra o projeto de lei que trata do aumento da remuneração dos vereadores. Protocolado nesta semana e com previsão de ser votado hoje à tarde, ele propõe revisão de 6,9% a partir de fevereiro, elevando para R$10.126,00 a remuneração de cada vereador.
O projeto é de autoria da Mesa Diretora da Câmara e recebeu assinatura de três vereadores: o presidente Nilton Reis, o Niltinho do São Cristovão, o vice-presidente Sérgio Vargas, o Serginho do JK, e também por Dilhermando Rodrigues, o Dilé. O texto argumenta que a proposta é de revisão da remuneração anual, de forma a recompor as perdas inflacionárias.
A opinião pública reage com uma disparada de críticas, afirmando que o salário dos vereadores é bem acima da média da maioria da massa trabalhadora. Populares alegam ainda que parte dos vereadores se dedica pouco à função pública, inclusive, mantendo suas atividades profissionais. Dessa forma, não têm necessidade da recomposição.
As comparações também ganham fôlego nesse momento, já que na cidade de Itaúna – que tem a mesma população daqui – os vereadores recebem R$7.400,00. Outro exemplo é Divinópolis, cuja remuneração caiu de R$12 mil para R$9 mil, em números redondos. O presidente da Câmara divulgou nota sobre o assunto, informando que a recomposição está prevista na Constituição Federal.
O texto diz ainda que o reajuste proposto para os vereadores representa metade da inflação oficial de 2021. Diante disso, ele considera o índice proposto – de 6,9% – como uma medida de contenção de custos e redução das despesas com a manutenção da Câmara.
O projeto também vai entrar em votação hoje à tarde, na reunião extraordinária convocada para as 16h30.