Em meio à pressão dos servidores das Forças de Segurança Pública, o governador Romeu Zema anunciou a intenção de reajustar em 10,06% os salários de todas as categorias do funcionalismo público de Minas Gerais. O índice corresponde à recomposição das perdas que a inflação causou nos vencimentos dos servidores.
O aumento é geral e será dado a ativos e inativos a partir de maio. Para isso, o governo enviou um projeto de Lei para a Assembleia Legislativa a fim de regularizar a reposição salarial. Ainda de acordo com o texto encaminhado pelo Executivo, os professores receberão valores retroativos a partir de janeiro e a ajuda de custo dos servidores civis será ajustada dos atuais R$ 47 para R$ 75.
Segundo Romeu Zema, o recurso para conseguir quitar essa recomposição é oriundo do que ele considerou como “esforço de contenção das despesas e de arrecadação que o governo tem feito”. Além disso, Zema também anunciou a intenção de aumentar o abono fardamento pago aos agentes de segurança. O benefício, concedido em abril, passará a ser dado em três parcelas: março, junho e outubro.
A expectativa, agora, é saber qual será o posicionamento das Forças de Segurança após essa posição do governo de Minas. Os representantes das corporações deflagraram uma paralisação na última segunda-feira e cobravam respostas do governo mineiro quanto ao pleito pela recomposição salarial das perdas inflacionárias.
Segundo a categoria, o Executivo não cumpriu com um acordo de 2019 que previa reajuste escalonado, com total de 41% até 2021. O último seria em setembro do ano passado, mas somente 13% deste total foi efetivado.
Foto: Reprodução/Governo de Minas Gerais