Com boas expectativas de retomada, o setor metalúrgico já registra sinais de melhora após dois anos difíceis de uma economia sob os efeitos diretos da pandemia de covid-19.
A avaliação é do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e Mecânicos de Pará de Minas, João Bosco e Silva.
Segundo ele, as duas grandes indústrias siderúrgicas da cidade têm trabalhado com a capacidade total instalada, garantindo cerca de 600 vagas de empregos diretos.
Na mesma linha de produtividade as fundições e indústrias de máquinas também compartilham o ritmo favorável de produção vislumbrando um crescimento real até o final de 2022.
Caso a melhora do setor se confirme até o final do semestre, João Bosco acredita que será possível apresentar propostas de reajuste salarial mais favoráveis para os trabalhadores. As negociações devem começar em maio.
A expectativa do sindicato é de apresentar às indústrias algum percentual além da correção pautada na inflação oficial, além da manutenção e acréscimo de benefícios. Outra preocupação do líder sindical é sobre os reflexos do conflito entre Rússia e Ucrânia na economia brasileira. Os primeiros impactos da guerra já começam a respingar na economia local.
O sindicalista acredita que, caso os conflitos perdurem, os empresários que dependem da importação de insumos sentirão mais os efeitos da guerra, já que o trânsito internacional de produtos pode ser diretamente afetado.