A partir de hoje, servidores da rede estadual de Minas Gerais estão de greve por tempo indeterminado. O movimento foi aprovado ontem pela categoria em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte.
Os trabalhadores da educação não aceitam a proposta apresentada pelo governo de Minas, de reajuste de 10,06% nos salários, com pagamento retroativo a janeiro. De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE-MG), os servidores reivindicam o pagamento do piso nacional da categoria que, no início de fevereiro, foi reajustado em 33,24%. Com isso, o valor em 2022 chega a R$ 3.845,63 para uma jornada de 40 horas de trabalho.
O sindicato também se diz contrário ao projeto de lei que autoriza o Estado a aderir ao Regime de Recuperação Fiscal, cuja proposta tramita na Assembleia. A entidade afirma que o regime “retira da população a contraprestação do serviço público e coloca servidores em situação de destruição por um período de nove anos”.
Para saber o impacto do movimento nas escolas estaduais em Pará de Minas, o Jornal da Manhã conversou com o diretor da subsede do Sind-UTE na cidade, Rondinelli Alves. Presente no protesto em BH, ele explicou que ainda é cedo para apontar os efeitos, mas prevê uma adesão diferenciada dos servidores.
A categoria vai participar da manifestação programada para hoje, no centro de Belo Horizonte, juntamente com servidores da segurança pública, do DER e do Ipsemg.
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