Continua repercutindo em Pará de Minas a decisão da Justiça mineira em autorizar a liberação do empresário que atropelou um lavador de carros em Belo Horizonte e bateu em nove veículos. Ele vai responder o processo em liberdade e só não saiu da cadeia ainda porque não pagou a fiança.
O motorista de 72 anos dirigia uma Porshe 718 Cayman, avaliada em aproximadamente R$ 455 mil e ficou levemente ferido. O caso ganhou destaque devido ao comportamento agressivo dele que, mesmo depois de ter causado toda essa confusão, demonstrou muita irritação com os policiais.
Ele foi preso e está detido no Ceresp Gameleira. A juíza da Central de Flagrantes do Fórum Lafayette, Juliana Beretta Kirche, acatou o pedido de soltura da promotora de Justiça Michelle Silva Magalhães, argumentando que o homem não tinha antecedentes criminais.
No processo, também foi incluído um laudo médico psiquiátrico, comprovando que o empresário possui transtorno bipolar e faz uso de medicamentos controlados. O caso voltou à tona pelos questionamentos sobre a rigidez da legislação criminal brasileira. Sobre o assunto, o Jornal da Manhã conversou com o promotor do Ministério Público de Pará de Minas, Renato Vasconcelos, que admitiu a falta de leis mais duras no nosso país.
Ainda no caso de Belo Horizonte, a juíza Juliana Kirche determinou que para deixar a prisão ele terá de cumprir uma série de medidas cautelares, como o pagamento de fiança de 100 salários mínimos e o uso de tornozeleira eletrônica.
O processo, agora, está tramitando em uma vara criminal da capital mineira e o empresário será investigado pela suspeita de conduzir veículo sob efeito de álcool, lesão corporal, ameaça e desacato a autoridade.
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