Órgãos de defesa do consumidor continuam registrando uma explosão de reclamações sobre os serviços financeiros. As queixas contra o atendimento dos bancos aumentaram quase 70% nos últimos meses.
São várias as reclamações e elas vão desde o tamanho das filas à dificuldade de acesso aos gerentes, sem falar nos juros altos e outros problemas que se tornaram comuns no contexto da crise sanitária e econômica do país.
A população sofre com a crise, a diminuição da renda e a falta de perspectivas em curto prazo. E ainda enfrenta cobrança por serviços não contratados, tarifas não previstas e a cobrança abusiva para alterar ou cancelar contratos.
O alto volume de queixas é registrado em todo o país, independente do tamanho dos municípios e da quantidade de agencias bancárias que eles possuem. Mas um fato que chamou atenção no levantamento é a ausência, quase que total, de reclamações no meio cooperativista. O setor vem crescendo muito no Brasil, com altos índices de confiabilidade.
Mas o principal ponto de satisfação dos filiados nas cooperativas de crédito, somado ao fato deles se sentirem bem na condição de donos, é a facilidade de acesso ao atendimento. O resultado da pesquisa nacional foi bem recebido em Pará de Minas pela rede Sicoob, que tem forte presença no cooperativismo local. O presidente da Credirural, Breno Barbosa, disse que esse nível de satisfação é percebido diariamente pelos pontos de atendimento locais:
Já os especialistas nas análises da rede bancária convencional enxergam que o aumento no volume de reclamações também é consequência da ausência de uma política pública estruturada para combater os abusos e maior fiscalização, principalmente na oferta de crédito.
Muitas renegociações foram abusivas e houve oportunismo de achar que todos os idosos aposentados e pensionistas estavam em busca de mais crédito, com ampliação da margem do crédito consignado. E assim, houve a realização de muitas operações não solicitadas.
Foto: Ilustrativa/pixabay.com
Foto: Arquivo/Rádio Santa Cruz