Os animais de rua continuam provocando reclamações em diversos pontos de Pará de Minas, sobretudo na região central. A população canina cresce a cada dia, não só pela reprodução de forma desenfreada, mas também pelo abandono dos tutores, que é uma realidade preocupante no município.
Uma pequena parte desses cães já está castrada, dentro de uma política de controle implementada pela Secretaria Municipal de Saúde, através do Centro de Controle de Zoonoses. Acontece que nem todo mundo concorda com o retorno dos animais esterilizados para as ruas, defendendo que eles fiquem recolhidos no canil do CCZ.
E mais uma vez a os especialistas vêm a público explicar que isso não é possível, devido à falta de estrutura adequada para acolher um número tão grande de cães. O médico veterinário Oscar Leitão, responsável técnico pelo CCZ, detalha a situação.
Oscar esclarece que o efeito do processo de castração até a redução do número de animais de rua é lento e pode demorar alguns anos até que os resultados apareçam.
Quanto aos animais que vivem no CCZ, além dos que estão em fase de recuperação após a cirurgia de castração, também existem os que estão doentes e recebem o tratamento adequado, para se tornarem aptos à adoção.
Oscar Leitão explica que a única doença que não é tratada no local é a Leishmaniose, já que os medicamentos para controle dela são muito caros e não estão disponíveis na rede pública.
Como a Leishmaniose é uma doença endêmica, ela exige um trabalho amplo de prevenção.
Estima-se que Pará de Minas já tenha ultrapassado a marca dos 4 mil animais de rua, entre cães e gatos.
Foto: Arquivo/Rádio Santa Cruz