Como já era esperado, o governador Romeu Zema vetou parte do projeto de lei que concede reajuste aos servidores de Minas Gerais. O texto foi aprovado na Assembleia Legislativa concedendo reajuste de 10,06% a todo o funcionalismo, mais 14% para saúde e segurança, além de garantir o pagamento do piso salarial nacional para os profissionais da educação.
Zema disse que Minas “não tem um pote de ouro, mas um vagão de dívidas ou até um trem inteiro”. O veto do governador será analisado pelos deputados que teriam até 30 dias para votar, mas o calendário eleitoral determina que o prazo termina hoje.
No entanto, há uma corrente que acredita que pode votar o veto após o prazo eleitoral por haver jurisprudência sobre o assunto.
O clima na Assembleia é tenso como informou ao Jornal da Manhã o deputado Inácio Franco. Segundo ele, a tendência da maioria é de derrubar o veto do governador, sob o entendimento de que o caixa estadual consegue arcar com a nova folha.
Ele também lamentou a fala do secretário-geral do governo, Mateus Simões, que classificou de ‘gracinhas’ as mudanças aprovadas pelos deputados.
O deputado Inácio Franco voltou a dizer que o funcionalismo precisa ser reconhecido, principalmente os profissionais da educação:
Se a Assembleia manter o veto, os servidores terão garantidos somente os 10,06% iniciais. Do contrário, além desse percentual eles levarão o complemento incluído através das emendas aprovadas na casa. E enquanto isso, sindicatos e associações ligados às áreas afetadas afirmam que vão se mobilizar para que o veto parcial ao projeto seja derrubado.
As entidades estão revoltadas, afirmando que é a primeira vez na história de Minas Gerais que um governador veta duas vezes melhorias para o funcionalismo. O funcionalismo estadual está sinalizando que a frente de luta agora será contrária à reeleição do governador Romeu Zema.
Fotos: Governo de Minas Gerais/Divulgação e Arquivo Pessoal