Como o mercado esperava, o reajuste de quase 25% no preço do óleo diesel nas refinarias, praticado pela Petrobras, já está refletindo nos valores dos fretes cobrados pelos transportadores. Segundo dados divulgados pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística, o consequente aumento do preço do combustível nas bombas resultou na elevação do frete em, no mínimo, 8,75%, em todo o país.
Mas de acordo com a entidade, esse índice ainda não está no patamar ideal já que o frete precisaria de uma revisão de 18,58% nas cargas fracionadas (quando um veículo transporta mais de um produto) e 27% a mais na carga lotação (carga única).
Como não há perspectivas de redução nos custos em curto ou médio prazo, o setor acredita que o serviço continuará oscilando, influenciando diretamente no preço de inúmeras mercadorias, já que mais de 50% do transporte de produtos no país são feitos através dos caminhões.
E o combustível não é a única dor de cabeça para os profissionais, já que com ele vieram outros reajustes que estão pressionando a margem de lucro. O Jornal da Manhã conversou com Cássio Diniz Alves, diretor da Coopmetro em Pará de Minas – Cooperativa de Transportadores Autônomos:
Apesar da difícil realidade para fechar o mês com bons resultados, o diretor da Coopmetro não acredita que os transportadores façam outra greve como aquela que foi desencadeada em 2018.
Ainda de acordo com Cássio Alves, neste momento de desafios, as cooperativas aparecem como uma boa alternativa para os autônomos, pois conseguem negociações positivas para a categoria.
A unidade da Coopmetro em Pará de Minas possui mais de 400 transportadores cooperados. E além dessas ações citadas, Cássio acredita que as cooperativas e demais empresas do setor precisam também de outras estratégias de gestão, sejam operacionais ou administrativas, para minimizar os custos e aumentar a lucratividade.