O assalto na Joalheria Manoel Bernardes, no BH Shopping, preocupou comerciantes do setor, tanto na capital de Minas como no interior. A estratégia dos bandidos continua como o principal assunto no comércio do ramo. Até então a preocupação das joalherias de Pará de Minas, por exemplo, era com o funcionamento em dias de pouco movimento no centro da cidade. Inclusive, eles já tinham recebido recomendação da polícia para não abrir as portas em datas inapropriadas, caso do carnaval, em que poucas lojas funcionaram.
Mas no último sábado, véspera do Dia das Mães, os ladrões aproveitaram justamente o grande movimento no BH Shopping para invadir a Manoel Bernardes. Eles driblaram as câmeras espalhadas por todos os cantos, os seguranças em pontos estratégicos e até as cancelas para entrada de veículos.
Especialistas da área de segurança afirmam que dificilmente o BH Shopping conseguiria prever uma ação tão bem coordenada e que o fato deve servir de alerta para o varejo em geral, pois a invasão foi silenciosa em meio a uma multidão de pessoas. Na opinião deles, os assaltantes até podem ser presos em breve, mas será complicado para a polícia identificar o mentor do crime, no caso, quem encomendou o roubo das joias e para quem elas serão vendidas.
Os assaltantes levaram 13 relógios Rolex, com valores entre R$60 mil e R$300 mil. Acredita-se que o crime foi praticado por uma organização criminosa ligada ao mercado paralelo de relógios exclusivos. Em geral, esses produtos de roubo são vendidos entre 20% e 30% do valor real. Esse tipo de relógio tem números de série, mas aqui no Brasil não existe uma prática de se olhar para isso, daí a dificuldade de se desvendar o crime.
Os funcionários do BH Shopping estão proibidos de falar do assunto mas, sob anonimato, informaram que a segurança foi reforçada. Já a Polícia Civil, por meio de nota, reafirmou que a investigação do caso prossegue. Nenhum suspeito foi preso ainda.
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