A crise da falta de medicamentos pode se intensificar nos próximos meses. Segundo o Ministério da Saúde, o desabastecimento é um reflexo da pandemia, causado pela falta de insumos de matéria-prima e aumento da demanda. O sindicato que representa o comércio de farmacêuticos de Minas está monitorando a situação e sugere aos pacientes que peçam aos médicos mais opções de marcas na hora deles aviarem as receitas.
A entidade não acredita que nos próximos dias o varejo do setor enfrente a falta de antibióticos e antigripais de forma geral, que são os mais vendidos nesta época do ano. Mas é bem possível que uma ou outra marca fique de fora das prateleiras por um breve período. Diante desta realidade, o Jornal da Manhã percorreu as farmácias de Pará de Minas constatando que a dificuldade de reposição de estoques já está acontecendo há um bom tempo.
Por aqui o problema acontece principalmente em relação aos antibióticos de uso adulto e infantil, cuja demanda também cresce neste período por causa das doenças respiratórias. Quase 95% dos remédios comercializados no país dependem de matéria-prima que vem principalmente da China, que teve as exportações afetadas em mais um lockdown para conter uma nova onda de casos de coronavírus.
O farmacêutico Clifford Júnior Resende, da Inova Drogaria, confirmou que o cenário é desafiador para o setor e muito angustiante para os consumidores:
Para driblar ou amenizar o problema, Clifford está adotando algumas estratégias. Uma delas é informar aos médicos, especialmente os pediatras, os medicamentos disponíveis no mercado local:
Ainda não há estimativa de quando a falta de medicamentos será superada nas farmácias, portanto, a recomendação é que os consumidores reforcem a prevenção, sobretudo aqueles relacionados às doenças respiratórias.