O desaparecimento de alguns medicamentos nas farmácias continua preocupando a população. Virou cena no cotidiano dos consumidores a procura por remédios em várias drogarias e muitas vezes apenas os genéricos são encontrados.
Os consumidores também estão assustados com os preços que não param de subir. Determinados produtos tiveram aumentos superiores a 100% nas últimas semanas, segundo mostram pesquisas recentes.
E o problema também afeta os órgãos públicos, já que as farmácias mantidas pelas prefeituras também estão sentindo a pressão do desabastecimento. A realidade de Pará de Minas acompanha municípios de todo o país, segundo informou o secretário de Saúde, Wagner Magesty.
Monitorando a situação de perto, Magesty confirma que o cenário está afetando, inclusive, a distribuição de medicamentos mais caros, caso daqueles que são judicializados.
O secretário garante que não se trata de uma falta pontual e nem de negligência no processo de compra ou falta de compromisso no fornecimento. O problema vem da indústria farmacêutica que está enfrentando a falta de insumos no mercado. A fabricação de medicamentos no Brasil caiu bastante nos últimos meses, justamente pela ausência de matéria-prima.
Tanto é que diretores e secretários do Ministério da Saúde têm se reunido com representantes de empresas farmacêuticas para avaliar a possibilidade de flexibilização das regras de importação de medicamentos por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O objetivo é se preparar para uma eventual falta de remédios e insumos nos hospitais do país, sobretudo no SUS. O ministério recebeu as demandas municipais e tem monitorado uma relação de medicamentos relatados como de difícil compra.
No momento, segundo a pasta, 86 produtos estão nessa lista. Para 11 substâncias relacionadas a esses medicamentos, o ministério pediu alíquota zero de taxa de importação.
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