O leite subiu de preço novamente. Item indispensável no café da manhã de muitas famílias, cada vez mais ele está fora da realidade financeira das famílias de baixa renda. Do início do ano para cá, o preço do leite subiu 57% no Brasil, segundo levantamento divulgado pelo IBGE. E se considerarmos apenas este mês de julho, o aumento chegou a 22%.
Nos supermercados algumas marcas estão batendo na casa dos R$9,00, sufocando ainda mais o orçamento dos trabalhadores. Os aumentos sucessivos representam uma combinação da entressafra do leite, quando a produção cai, e a redução do número de produtores. A menor oferta do produto acirrou a disputa entre as indústrias de laticínio para compra do produto cru.
E a resposta do mercado tem sido o encarecimento do leite, resultando em queda brusca nos supermercados. O Jornal da Manhã pesquisou vários estabelecimentos, recebendo informação de todos eles que as vendas caíram 50% no caso das marcas mais caras, enquanto nas outras a redução já beira os 40%.
Os consumidores estão mudando de marca e comprando menos. Nos carrinhos agora, ao invés das caixas com 10 embalagens de um litro cada, aparecem dois ou três litros. E a má notícia é que o preço do leite deve sofrer novo reajuste em agosto, em torno de 15%. Também não há perspectiva de queda no preço até setembro. Como efeito da escassez da matéria-prima, o consumidor continuará pagando a conta, não só do litro de leite, mas de seus derivados, que devem sofrer novos reajustes.
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