A obrigatoriedade de frequência nas autoescolas pode estar chegando ao fim. Projetos de lei estão tramitando no Congresso Nacional, defendendo que as pessoas que já saibam dirigir possam conseguir a habilitação sem cumprir a carga horária dos centros de formação de condutores.
A ideia é reduzir os custos da CNH, permitindo que os futuros motoristas aprendam a dirigir de forma independente.
O projeto está em debate nas comissões legislativas e enquanto não é levado a plenário, também movimenta discussões fora do ambiente político, seja nas ruas ou nas próprias autoescolas.
Populares elogiam a iniciativa, de olho no fim da burocracia e na perspectiva de economia. Mas instrutores de trânsito, como Marcos Vinícius de Oliveira, da Auto Escola Nacional, afirmam que o projeto só trará prejuízos para a sociedade, sobretudo no que diz respeito à segurança.
Ele lembra que há algumas décadas, quando não existia no Brasil a obrigatoriedade de frequência nas auto escolas, os índices referentes à violência no trânsito eram assustadores.
E foi através da formação dos condutores que o número de acidentes começou a cair, inclusive aqui em Pará de Minas.
Outro ponto levantado pelo empresário é que a eventual aprovação do projeto poderá impactar a economia, já que boa parcela dos trabalhadores das autoescolas perderá o emprego. Diante destes fatos Marcos Vinícius nem acredita na aprovação da matéria em Brasília, pelo menos até que o Brasil tenha uma melhor cultura em relação à educação no trânsito.
Ainda não há data para apreciação do projeto no plenário da Câmara dos Deputados, mas os apoiadores desta iniciativa acreditam que ele deve ser votado ainda neste ano.
