Na esteira da inflação, as rações para pets também estão pressionando o orçamento dos tutores. Segundo o IPCA, indicador que mede a inflação oficial no país, nos últimos doze meses os preços desses produtos tiveram alta superior a 20%.
Esse é mais um mercado que sofre com o efeito cascata das consecutivas altas desde 2021, intensificada com a guerra entre Ucrânia e Rússia, de onde são importadas algumas matérias-primas para a produção das rações.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), no ano passado o setor teve um aumento médio de 70% nos insumos e repassou cerca de 27% da alta aos consumidores.
Havia uma expectativa de melhora no cenário para 2022, em virtude da redução de casos de covid-19 e do aumento das flexibilizações das atividades econômicas, mas as condições continuam dificultando a queda de preço.
Segundo o empresário Caio Márcio, proprietário de uma loja de rações no centro de Pará de Minas, com o aumento dos preços foi inevitável a queda nas vendas. Segundo ele, os consumidores estão mais seletivos quanto às marcas e não descartam reduzir a qualidade do alimento ofertado ao pet.
Os principais insumos utilizados para produção de ração animal, segundo o Instituto Pet Brasil, são as proteínas de carne, peixe e frango, milho, trigo, soja, arroz e óleo. Já a quantidade utilizada na produção de ração varia de acordo com a qualidade do produto e o tipo de alimentação.
Apesar dos preços dos insumos e de venda ao consumidor final, o setor acredita numa expansão em 2022 em torno de 15%, segundo estimativa da Abinpet. Se esse índice se confirmar, representará menos da metade do resultado conseguido em 2021.
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