Em menos de uma semana, Pará de Minas registrou mais dois suicídios. Na comunidade de Caetano Preto um produtor de leite, de 51 anos, tirou a própria vida. Ele deu sinais de depressão há algum tempo.
Já no Condomínio Hollywood, no bairro Santos Dumont, a morte de uma jovem de 24 anos deixou os vizinhos angustiados no fim de semana. Ela foi encontrada sem vida na própria cama. Segundo parentes, a vítima também estaria em processo de depressão.
Esses dois casos engrossam a fileira de pessoas que estão desistindo de viver por vários motivos e servem de alerta para as famílias em geral. O número de suicídios está crescendo no mundo todo e por aqui a realidade não tem sido diferente.
A situação de Minas Gerais é de alerta geral. Segundo levantamento da Secretaria de Estado de Segurança Pública, a média é de pelo menos seis registros diários e leva em conta as informações encaminhadas pelos departamentos de polícia.
De acordo com os dados, o número de pessoas que tiraram a própria vida neste ano é o maior de 2017 para cá. Foram quase 1.200 tragédias de janeiro e julho. A explosão de casos pode ter relação direta com o isolamento social e o medo provocado pela pandemia da covid.
As mortes nos primeiros sete meses deste ano já são 20% maiores na comparação com o mesmo período do ano passado e também com os anos anteriores. Autoridades e médicos orientam as pessoas a pedir socorro e as famílias a não ignorar possíveis sinais.
Na tentativa de frear as ocorrências é que o Setembro Amarelo continua chamando atenção da sociedade. A campanha já vem de anos e procura despertar as pessoas para fatores considerados de risco para a tentativa de suicídio.
Entre eles estão a discriminação por orientação sexual, racismo, violência, conflitos familiares, doenças crônicas ou incapacitantes, perda de emprego e até mesmo crises políticas e econômicas. As mobilizações em torno do Setembro Amarelo também escancaram o fato de que a maior parte dos suicídios está acontecendo entre pessoas jovens.
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