Assim como outros segmentos da economia mundial, a indústria sofreu grandes impactos com a pandemia de covid-19 nos últimos dois anos. O fechamento do comércio e até a proibição de algumas indústrias se manterem em atividade fechou as portas de muitos negócios.
Mas o mercado também trouxe oportunidades para alguns setores, entre eles o têxtil, onde as indústrias se voltaram para a produção de máscaras. Pará de Minas mesmo tem um exemplo disso, caso da Coopertêxtil.
Especializada no acabamento de tecidos, a cooperativa abraçou o segmento, atendendo a grande demanda das confecções que se voltaram para a produção do protetor facial. Segundo o empresário Júlio José de Morais, diretor da Coopertêxtil, esta foi a única saída para a manutenção da fábrica num período de grande preocupação mundial.
Mas como já era de se esperar, a demanda pelo tecido usado na produção das máscaras já não existe mais e agora a cooperativa está voltada para o setor de camisaria, tingindo e estampando tecido para grandes redes do país:
Ainda segundo Júlio Morais, as confecções menores também já se voltaram quase que totalmente para a rotina produtiva:
Mas nem tudo são flores. Júlio percebe que a margem de lucro ainda é menor que a do início de 2020, antes do agravamento da pandemia. Isso acontece devido ao encarecimento de insumos como o diesel, para funcionamento das caldeiras, e dos produtos químicos que são comercializados em dólar.