Números as agências bancárias de Pará de Minas não divulgaram, mas houve confirmação de que os poupadores da cidade estão na mesma direção do comportamento nacional, ou seja, a aplicação financeira mais popular do país está perdendo mais força.
O fenômeno se deve à falta de condições da maioria das pessoas em guardar algum dinheiro, exatamente pela falta do mesmo, mas também pela baixa rentabilidade do produto.
A caderneta de poupança deixou de ser atrativa há muito tempo, mas ultimamente vem registrando recordes no volume de retiradas. Para se ter ideia da situação, só neste ano já foram sacados mais de R$85 bilhões e esse valor é o maior desde a série histórica que vem desde 2015.
A reação dos poupadores se deve à baixa rentabilidade. Mesmo com a taxa Selic na casa dos 13,75% ao ano e com a inflação perto dos dois dígitos, ela segue com retorno travado em pouco mais de 6% ao ano, mais a Taxa Referencial.
E, pelo visto, esta situação não deve mudar tão cedo, o que certamente vai motivar a sequência de outros saques. Economistas como o paraminense Eduardo de Almeida Leite são unânimes em afirmar que, hoje, deixou de ser considerada como investimento:
O aumento dos saques da caderneta de poupança também coincide com o registro do novo recorde de endividamento das famílias no Brasil, em torno de 78%. Sem dinheiro para bancar as despesas habituais, a saída da maioria tem sido a de recorrer às economias guardadas para alguma emergência e põe emergência nisso.