O Ministério Público continua analisando o dossiê de documentos enviados pela Prefeitura, Câmara Municipal e o Observatório Social de Pará de Minas relativo à atuação do Instituto Hotfe, suspeito de não dar a destinação devida a uma verba pública da área da saúde, no valor de R$400 mil.
O caso ganhou muita repercussão na cidade após as denúncias. Embasado em apurações detalhadas sobre os contratos e atuação do Hptfe em Pará de Minas, o relatório indica desvio do recurso público que foi liberado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Foram diferentes irregularidades constatadas, entre elas, a prestação de serviço distinta ao que estava previsto no convênio e a emissão de notas fiscais em nome de fornecedores fantasmas, que são empresas que não existem.
Uma das entidades envolvidas no trabalho de denúncia e fiscalização foi o Conselho Municipal de Saúde. O presidente Maurício Rodrigues destacou a força-tarefa para apurar as irregularidades do instituto, afirmando que a parceria impediu um novo desvio do recurso público para o próximo ano.
No relatório de 26 páginas enviado ao Ministério Público, a Prefeitura de Pará de Minas solicitou a devolução dos R$ 400 mil recebidos pelo Instituto Hotfe em 2019, acrescidos de juros e correção monetária. Desde quando as primeiras denúncias se tornaram públicas, nenhum representante do instituto foi localizado para se pronunciar.