Milhões de pessoas irão às urnas amanhã para escolher, entre outros representantes, os próximos deputados Estaduais e Federais. Diferente do que acontece com o senador, que também é um cargo legislativo, e de governador e presidente da República, que são executivos, o sistema de eleição dos deputados é de proporção.
Isso significa que há possibilidade de um candidato ser eleito, mesmo tendo menos votos, e ocupar uma cadeira na Assembleia de Minas ou na Câmara Federal. Para você que tem dúvidas sobre como funciona esta metodologia, o Jornal da Manhã explica agora a dinâmica. No caso do presidente, governador e senador, o sistema é majoritário, portanto, aquele que tiver o maior número de votos válidos, excluídos os brancos e os nulos, é eleito.
Já para o sistema de proporção, é preciso fazer um cálculo para entender melhor como funciona. Nele, são considerados os votos válidos de cada Estado e divididos pelo número de vagas em disputa, que dará o chamado quociente eleitoral. Na prática funciona assim: suponhamos que dos mais 16 milhões de eleitores em Minas Gerais, 12 milhões compareçam às urnas e, destes, 2 milhões votem branco ou nulo. Sobrariam, então, 10 milhões de votos válidos.
Levando em consideração que a Assembleia de Minas tem 77 deputados, o quociente eleitoral seria 129 mil. Com esse número definido, para eleger um deputado estadual, um partido precisa que, juntos, todos os seus candidatos somem ao menos 129 mil votos. Se a sigla conseguir duas vezes o valor do quociente, elege dois deputados e assim por diante.
Há, também, o quociente partidário, através do qual é definido quantos parlamentares cada partido elege a partir dos votos que a legenda recebe. A conta é a seguinte: total de votos do partido dividido pelo quociente eleitoral. Neste caso, é definida a quantidade de cadeiras que o partido terá direito no Legislativo. Lembrando que a apuração completa dos votos das eleições você confere ao vivo nas nossas emissoras amanhã, a partir das 17h.
Foto: Germano Santos/Rádio Santa Cruz FM