O que esperar da economia em 2023? Esta tem sido a pergunta mais frequente no Brasil desde domingo, quando o TSE confirmou a vitória do candidato Lula nas urnas.
A expectativa dos empresários é tão grande como a dos trabalhadores e dos economistas.
Os especialistas na área são unânimes em afirmar que a situação das contas públicas deverá ser a principal preocupação para o ano que vem. O “xis” da questão é o fato de que o Orçamento não contempla o aumento de gastos aprovados em 2022.
Alguns economistas chegam a dizer que a boa arrecadação dos cofres do governo neste ano não deverá se repetir em 2023, por conta da redução da atividade econômica.
Os alertas também se voltam para a inflação crescente nos países mais ricos. A situação exige um aumento de juros lá fora para ajudar a controlar os preços e provoca a redução do crescimento econômico.
Mas também existe a expectativa do investidor estrangeiro ver o momento como oportunidade. Como o Brasil tem um diferencial de juro bem elevado — ou seja, remunera bem para investimentos relativamente seguros —, o país ainda será um polo mais estável entre os emergentes.
O Jornal da Manhã também ouviu um experiente economista de Pará de Minas. Paulo Abreu Leite está otimista, mas não deixa de manifestar sua inquietude com a defasagem de informações em relação ao novo cenário.
É que, ao contrário do que se esperava, a economia do país ocupou pequeno espaço na campanha dos candidatos a presidência do país:
Segundo Paulo Abreu, o setor industrial é o que mais precisa de incentivos para crescer no Brasil:
Minas Gerais tem papel importante no cenário industrial brasileiro, com mais de 80 mil empresas no Estado e geração de quase um milhão e duzentas mil vagas, o que representa 23,1% do total de empregos formais no território mineiro.