Recenseadores que estão fazendo a coleta de dados para o Censo Demográfico de responsabilidade do IBGE, relatam uma série de dificuldades no desempenho da função.
Ameaças e negativas da população para as entrevistas têm atrasado bastante a programação. Outros problemas comuns em várias cidades passam pelas falsas afirmações nas respostas.
Os recenseadores alegam que a classe mais alta está informando dados errados. E esta percepção fica clara nas respostas de quem mora em mansões e diz que tem renda mensal de R$2.000,00. Outros, mesmo usando carros importados, que são muito caros, alegam rendimentos de um salário mínimo.
E o censo ainda enfrenta a insatisfação dos próprios recenseadores, no que diz respeito à remuneração. Os pagamentos quase sempre estão atrasados e como são baixos desestimulam o ritmo das pesquisas.
Boa parte dos recenseadores tem afirmado que pelas ameaças que vem recebendo, o dinheiro não compensa. Muitos estão psicologicamente abalados e até com medo de morrer. O levantamento está atrasado e teve previsão de término alterada para dezembro.
Foto Ilustrativa: Reprodução/Acervo do IBGE